O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) participa ativamente das discussões e debates que estão em pauta no VI Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua, que segue até quinta em Brasília. A urgência na retomada do crescimento do País foi um dos principais assuntos em questão.
“O Brasil está carente de uma política econômica de longo prazo capaz de promover o crescimento da economia; gerar emprego e renda. O governo federal precisa buscar novas medidas para mudar o atual quadro econômico. Também é fundamental, neste momento, a coesão dos profissionais para o fortalecimento da Engenharia e da Agronomia”, enfatiza o presidente do Crea-SE, engenheiro agrônomo Arício Resende. O Crea-SE participa do evento com um comitiva formada por conselheiros, assessores e representantes de entidades de classe.
O VI Encontro de Líderes foi aberto na manhã desta segunda-feira (20/2) pelo o presidente do Confea, José Tadeu da Silva com a presença de Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil. A retomada do crescimento da economia
brasileira e para que a composição do plenário do Confea contemple representantes de todos os estados brasileiros foram os pontos destacados pelo presidente do Confea, eng. civ. José Tadeu, ao se dirigir aos participantes e ao ministro, em particular. Ele explicou que o Confea é o único entre os 29 conselhos de profissões regulamentadas que ainda depende de um projeto de lei oriundo do Poder Executivo, e que deve ser enviado ao Congresso Nacional para aprovação. “Somos o Conselho com maior número de profissionais registrados. Há necessidade imperiosa de termos um plenário com todas as unidades da federação”.
José Tadeu falou também da Frente Parlamentar Mista da Engenharia,
Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, comandada pelo deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), para reforçar a disposição dos engenheiros brasileiros particularmente em defesa da engenharia, da retomada de obras inacabadas, da remontagem das equipes técnicas, para ele, “desmontadas nos últimos anos nas três esferas de governo”. “Temos que ativar a cadeia produtiva, gerar empregos”, defendeu.
Números, satisfação e otimismo
Atento, o ministro falou por cerca de 30 minutos aos líderes do Sistema Confea/Crea e Mútua. Depois de cumprimentar os anfitriões, José Tadeu, pelo Confea, e Flávio Correia, presidente do Crea-DF, o ministro disse confiar “na parceria para a construção do Brasil com que todos sonhamos”.
Começou falando da esperança do brasileiro na retomada do nosso governo e da conversão na confiança do lema ordem e progresso. “Buscamos que a República funcione com independência e harmonia entre os três poderes, Executivo, Judiciário o Legislativo”, garantiu.
Os desafios para induzir crescimento econômico, o déficit de milhões do governo federal, a dívida de R$ 4 trilhões e 400 bilhões, a geração de empregos, a contenção das dívidas da União, a sustentabilidade à política social do governo foram alguns dos temas tratados por Padilha.
Ao admitir que “há 20 anos avançamos na política social” indicou que “não nos preocupamos com fontes de financiamento para a sua manutenção. Como fazer um Brasil novo a partir dessa realidade?”, indagou antes de afirmar que não existe dinheiro público. “É preciso sanear contas dos estados, mas alguns governadores pensavam que o governo federal sempre encontraria uma fórmula para salvar os problemas dos estados. Isso não existe mais”.
Confessando que Meireles (o ministro Henrique Meireles) “é o capitão do time na área econômica”, Padilha afirmou que o governo busca a profissionalização para o comando da Petrobras.
Ao destacar que o governo federal busca a maior profissionalização para compor ministérios, bancos e empresas estatais, Padilha encerrou com otimismo, em função das previsões do mercado com uma inflação mais controlada: “Vamos chegar a 9,5% no que tange à questão de juros e inflação”. Assista à entrevista com o ministro durante o Encontro de Líderes
Otimismo também marcou a participação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins: “Em dezembro, teremos uma taxa Selic de um dígito e isso vai revelar um Brasil diferente do de hoje. Estamos preparados para atender à demanda de crescimento que virá?”
c/informações:Ascom/Confea
Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea