Relevância dos geólogos para o desenvolvimento sustentável é discutida em congresso na Bahia


Trilhar as novas fronteiras dos recursos naturais é a pauta da semana entre os profissionais da Geologia, que estão reunidos em Salvador (BA), no 47º Congresso Brasileiro do setor. O evento teve início nesse domingo (21/9) com a participação do Confea, do Crea-BA e da Mútua-BA, que em parceria marcam presença na ExpoGeo, feira realizada simultaneamente ao congresso. Até sexta-feira (26/9), lideranças do Conselho recepcionam congressistas com informações sobre regulamentação profissional. Cartilhas e publicações sobre Código de Ética, resoluções e normativos estão à disposição do público que visitar o estande do Sistema no evento.

Liderança presente na mesa solene de abertura do congresso, o presidente em exercício do Confea, engenheiro mecânico Julio Fialkoski, chamou atenção dos mais de dois mil congressistas para a relevância dos profissionais da Geologia no fomento do progresso dos setores petrolífero e mineral. “No Brasil, a Geologia tem importância e respeito, visto que o país tem grandes dimensões e dispõe de riquezas já conhecidas e outras ainda a serem exploradas de modo sustentável”, destacou o presidente, ao lembrar que são os profissionais da área tecnológica que dispõem de conhecimento necessário para atuar com planejamento e inovação no setor.

Ainda por sua expressiva importância no cenário de desenvolvimento nacional, os mais de 12 mil profissionais da Geologia registrados no Sistema receberam o reconhecimento do Confea quando Fialkoski ressaltou que o setor sempre teve sua relevância. “O Conselho tem grande respeito pelos geólogos. São eles que dão respaldo para pesquisa e exploração sustentável de recursos naturais brasileiros; e levam para a sociedade os resultados esperados, seja na exploração de minerais ou petróleo”, afirmou.

Considerando a responsabilidade desses especialistas no campo da ciência e inovação, Fialkoski lembrou que os avanços tecnológicos somente podem ser efetivados a partir do aperfeiçoamento profissional. “Por isso, incentivo que todos vocês aproveitem este congresso para aprimorar os conhecimentos e trocar informações, inclusive levando as novidades adiante”, finalizou o presidente em exercício do Confea.

Também participaram da solenidade de abertura o chefe de gabinete do Confea, engenheiro civil Gilberto Campos, a superintendente de Estratégia e Gestão do Confea, engenheira de produção Ineivea Farias, e o diretor de Administração do Crea-BA, engenheiro de minas Laelson Dourado Ribeiro, na ocasião representando o presidente em exercício do Conselho Regional da Bahia.

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Confira trechos das falas das demais lideranças que participaram da cerimônia de abertura do 47º Congresso Brasileiro de Geologia:

“O Brasil está pronto para trilhar as novas fronteiras dos recursos naturais, mas ainda falta incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico por meio de ações com a consolidação de novos cursos de geologia; remover entraves burocráticos e políticos ao desenvolvimento dos setores mineral e petrolífero, cobrando de nossos parlamentares uma rápida decisão sobre o Marco Regulatório da Mineração, e a reorganização das agências reguladoras do setor. É necessário um olhar especial para as Geociências visando usufruir das riquezas que a natureza nos concedeu, revertendo-os em ganhos para o bem-estar da sociedade e a redução das injustiças sociais” – Moacir Macambira, presidente da Sociedade Brasileira de Geologia.

“No espírito de trilhar novas fronteiras dos recursos naturais, estamos atuando na prevenção de danos causados por riscos geológicos e desastres naturais, elaborando mapas de setorização de riscos, movimentação de massa e inundações, a fim de minorar a perda de vidas. Dispomos de aproximadamente mil mapas de riscos e de suscetibilidade. Como contribuição para o Congresso de Geologia, iremos expor 232 trabalhos voltados para a área da Geociência” – Manoel Barreto da Rocha Neto, presidente de honra do 47º Congresso e presidente da CPRM, Serviço Geológico do Brasil.

“Temos trabalhado para que o setor da Geologia seja pensado de forma integrada entre governo, academia e iniciativa privada. Por isso, foram investidos R$ 350 milhões em pesquisas sobre geoquímica e prevenção de riscos geológicos. Ações nas áreas de Geologia e Mineração terão continuidade em 2015. E estamos batalhando por uma legislação mais moderna e que permita fortalecer a gestão do setor e atrair novos investidores” – Carlos Nogueira da Costa Júnior, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia.

“Geologia é indutora do desenvolvimento da Bahia e tem proporcionado a dinamização da economia impactando positivamente no IDH e PIB. Os ganhos econômicos e sociais podem ser percebidos em alguns municípios, que saíram de baixo para alto desenvolvimento. Essa pujança da mineração baiana tem sido percebida pelas empresas como ótimas oportunidades” –  Hari Alexandre Brust, presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, representando o governador do Estado da Bahia e o secretário da Indústria, Comércio e Mineração.

“Hoje no Brasil, a Bahia é o quinto Estado produtor mineral. E estamos a caminho da quarta posição. O Estado ganha destaque ainda pela busca de conhecimento sobre a exploração de seus recursos naturais, e pela consolidação de seu perfil gerador de negócios no setor” – Rafael Avena Neto, diretor técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral.

“Geólogos são cobrados para efetivar descobertas científicas em ambiente de inovação e, em muitos casos, de dificuldades. Eles sempre têm que superar esses desafios com determinação e muita coragem” – Otaviano da Cruz Pessoa Neto, gerente geral de Interpretação das Bacias Terrestres da Petrobras.

“A Geologia é o eixo básico das Ciências, e o geólogo tem uma grande responsabilidade: fazer do Brasil um lugar melhor” – Ronaldo Montenegro Barbosa, diretor do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia, representando o magnífico reitor, João Carlos Salles.

O evento
programação do 47º Congresso Brasileiro de Geologia conta com mais de dois mil trabalhos, divididos entre 30 simpósios, 13 sessões temáticas, dos quais 700 trabalhos serão apresentados na forma oral. Os conferencistas apresentam até sexta-feira (26/9) temas de relevância mundial aos participantes, como mapeamento geológico, prospecção mineral, geoestatística e sensoriamento remoto. Acesse o site oficial do evento.

Fonte: Julianna Curado – Equipe de Comunicação do ConfeaFotos: Carlos Pinheiro


Assessoria  de  Comunicação  do  Crea-SE
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