Crise hídrica é oportunidade de trabalho para engenheiros agrônomos, diz palestrante

Foto070801Para o engenheiro agrônomo e professor da Unesp Ilha Solteira, Fernando Tangerino Hernandez, a crise hídrica brasileira pode ser uma oportunidade de trabalho para os engenheiros agrônomos. Esta afirmação foi feita durante mais um dos eixos temáticos realizados no XXIX CBA (Congresso Brasileiro de Agronomia), que vai até esta sexta-feira, em Foz do Iguaçu.
“Alguma coisa boa temos que tirar da crise hídrica. Os engenheiros agrônomos podem atuar em várias frentes, como na comunicação, no esclarecimento da situação de falta de água. É comum buscar um bode-expiatório em situações críticas, mas os engenheiros podem explicar como é usada a água na agricultura e desmistificar essa história de que o agricultor é o vilão. Ele na verdade é o mocinho”, disse.

Foto070802Outras frentes de trabalho pode ser como conviver e criar estruturas para diminuir a diferença entre a vazão máxima e mínima nos mananciais; como segurar a água nas bacias e, nos campos irrigados, como aplicar a água no momento e quantidade certa. “Queremos que os agrônomos se capacitem para atuar nessas frentes e que os estudantes se interessem por ela”.

Já o engenheiro agrônomo Nelson Costa, superintendente adjunto do Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), fez uma reflexão sobre as novas áreas de atuação do engenheiro agrônomo. Segundo ele, há uma enorme gama de oportunidades. “Uma das grandes opções do momento é a inserção do engenheiro agrônomo na infraestrutura e logística do agronegócio”.

ARMAZENAGEM
Outro palestrante do eixo temático foi Paulo César Corrêa, PHD em propriedades físicas dos produtos agrícolas, especializado em pós-colheita de frutos e grãos e professor da Universidade Federal de Viçosa, que falou sobre o armazenamento em propriedades agrícolas. Ele lamentou a deficiência brasileira em termos de armazenagem tanto de qualidade como de quantidade, principalmente nas fazendas, que é o sistema mais importante. “Todos os países agrícolas focaram nisso. Nos Estados Unidos é 65% das fazendas possuem armazém, na Argentina o número é de 40% e no Canadá, em determinadas regiões, esse número chega a 100%. No Brasil temos meros 13% a 14%, mas o ideal seria no mínimo 50%”, disse.

(Comunicação CBA)

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