Câmara de Engenharia Elétrica promove palestra sobre ética e atribuição profissional

DSCN3786Engenharia elétrica ou Engenharia Civil. A quem compete às atividades

Pres.Crea-SE:Arício Resende e o coord. CEE, Alexsandro Meireles
Pres.Crea-SE:Arício Resende e o coord. CEE, Alexsandro Meireles

de projeto, instalação e manutenção, vistoria, laudo, perícia e parecer referentes a Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (para–raios). O assunto disposto na Normativa 070/01 do CONFEA foi DSCN3794um dos temas em discussão no ciclo de palestras promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), por meio da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEEE). O evento realizado na noite de sexta-feira (04/12), no auditório do Hospital de Medicina Veterinária da Faculdade Pio Décimo, reuniu DSCN3797

profissionais e estudantes

Eng. eletricista,Antônio Geraldo Ferreira
Eng. eletricista,Antônio Geraldo Ferreira

de engenharia.

Os ‘Aspectos da DN 070/01 do Confea SPDA’ foi ministrado pelo engenheiro eletricista e de Segurança do Trabalho, Antônio Geraldo Ferreira que fez uma explanação sobre a importância da

Eng. Civil, Nicanor Moura Neto
Eng. Civil, Nicanor Moura Neto

Normativa no que se refere ao limite de atuação de cada DSCN3798profissional da engenharia. “Pela DN as atividades relativas aos Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas é de competência dos profissionais da modalidade de engenharia elétrica, mas há uma grande polêmica sobre a questão”, disse ele.

É que os engenheiros civis entendem que podem e devem exercer as atividades de projeto, instalação e manutenção

Coor,/CEE, Alexsandro Meireles
Coor,/CEE, Alexsandro Meireles

de SPDA. O conflito resultou em mandado de segurança impetrado pela Associação Brasileira de Engenheiros Civis (ABENC). A instituição defende que a Decisão Normativa 070/2001, do CONFEA, não pode limitar o exercício da profissão de Engenharia Civil quando a lei que disciplina a profissão não fez tal limitação.

Antônio Geraldo ressalta que essa situação é um conflito real em todos os 27 Creas do Brasil. “Em algumas regiões a questão é mais ou menos polemizada, mas existe”. É o que afirma o palestrante que também destacou e parabenizou o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) e a Câmara Especializada de Engenharia Elétrica pela importante iniciativa em trazer para o debate um tema tão importante e alvo de muita polêmica .

A ‘Ética Profissional e Responsabilidade Civil’ também foi um tema que despertou discussões entre os presentes ao evento. O assunto foi ministrado pelo engenheiro civil, Nicanor Moura Neto. “O profissional ao exercer suas funções, assume o risco de sua atividade que deve ser exercida com a cautela técnica. Áreas como a engenharia trabalham com projetos que alteram a base e infraestrutura da sociedade, logo as pessoas que projetam e executam o projeto devem ter plena consciência do que eles significam. É uma questão de responsabilidade e compromisso”, destacou Nicanor.

O engenheiro ressaltou também que é parte da formação de um bom profissional o comprometimento com a sociedade e meio ambiente, que deverão ser à base de seus trabalhos. “Se ausentar dessa responsabilidade, acaba trazendo atitudes precipitadas que geram impactos, que se tornam cada vez maiores, isso vale para qualquer profissão”, disse ele.

O Coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEE), engenheiro eletricista Alexsandro Meireles defendeu a necessidade de fixar procedimentos visando a uniformidade de ação por parte dos Creas no que se refere ao registro da ART de projetos, fabricação, instalação e manutenção de SPDA. Ele também falou sobre a importância de trazer para discussão os conflitos existentes dentro do Sistema, em particular a questão das atribuições envolvendo as atividades inerentes aos Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas. “ É uma discussão saudável e enriquecedora para todos os envolvidos. A polêmica existe e é necessário que seja colocada de forma transparente ouvindo a opinião e sugestões de todos”, enfatiza Meireles

O presidente do Crea-SE, engenheiro agrônomo Arício Resende destacou a importância dos temas e chamou a atenção para a necessidade de conhecer e discutir a legislação que rege o Sistema Confea. “Para os profissionais é uma forma de agregar e aprofundar os conhecimentos sobre o Sistema. Para o estudante é uma oportunidade de descobrir e conhecer o CONFEA/Crea; ás suas atribuições profissionais; ao sombreamento/conflitos de atribuições profissionais na área tecnológica; o código de ética profissional; aos direitos e deveres como profissional”, disse ele.

Realizar e apoiar eventos dessa natureza também é a forma adotada pela gestão de Arício Resende para aproximar o sistema de fiscalização profissional das instituições de ensino. “Essa interação é fundamental no fortalecimento da disseminação da legislação relacionada ao exercício legal da profissão e, também, a valorização profissional”, reforça o presidente do Crea-SE.

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