Produtores lamentam baixo preço da cana

 

O volume de cana de açúcar colhida este ano em Sergipe foi 5% inferior à safra 2012/2013. “Inicialmente, a previsão era que a seca provocasse uma queda superior a 10%”, explica o presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Sergipe (Asplana), José Amado.

Segundo ele, além de produzirem menos, os produtores se queixam do preço da tonelada de cana, que este ano ficou em torno de R$ 68 a R$ 70, portanto, inferior aos R$ 80 e R$ 85 pagos pelas usinas na safra 2011/2012. O líder empresarial revela que a redução deveu-se aos baixos preços do açúcar e a demora do governo em reajustar os combustíveis, entre os quais, o etanol.

Foi justamente a forte procura pelo etanol anidro (misturado à gasolina) e hidratado (usado diretamente nos carros flex) que levou os produtores sergipanos a aumentar a área plantada com cana de açúcar.

José Amado informa que a produção aumentou cerca de 40% a partir de 2007 com a entrada em funcionamento das usinas Taquari, em Capela, e Campo Lindo, em Nossa Senhora das Dores. “Os preços do açúcar e do etanol também estimularam muito os mais de 400 plantadores, que respondem hoje por 35% de toda a cana moída em Sergipe”, afirma.

Nordeste

Tendo produzido este ano cerca de 2,8 milhões de toneladas de cana, Sergipe disputa com o Rio Grande do Norte a quarta posição no Nordeste. Os três principais produtores da região são Alagoas, Pernambuco e Bahia. O presidente José Amado garante que,  mesmo com a queda do preço, os produtores sergipanos estão otimistas em relação ao plantio de inverno, que começa em junho próximo. O Vale do Cotinguiba concentra as plantações nos municípios de  Laranjeiras, Maruim, Riachuelo, Siriri, Capela, além de Nossa Senhora das Dores, Muribeca e o Platô de Neópolis.

As cinco usinas instaladas na região do Cotinguiba moeram este ano algo em torno de 2,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A previsão do Sindicato da Indústria do Açúcar e Álcool do Estado de Sergipe é que sejam produzidos cerca de 2,5 milhões de sacos de açúcar, cada um com 50 quilos, 80 milhões de litros de álcool hidratado e 50 milhões de litros de álcool anidro.

A colheita e moagem da cana aumentam muito o índice de emprego na região do Cotinguiba. As cinco usinas empregam diretamente cerca de 10 mil trabalhadores, sendo que outros 5 mil são beneficiados indiretamente.

Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) mostram que a cana-de-açúcar ocupa em Sergipe 26.653 hectares, com a área plantada localizada nos municípios de Capela (19,9%), Laranjeiras (17,1%), Japaratuba (15,9%), Pacatuba (9,8%), Riachuelo (5,1%) e Japoatã (4,4%), Nossa Senhora das Dores (4,2%), Maruim (4,1%), Rosário do Catete (3,3%), Siriri (2,8%), Santo Amaro das Brotas (2,6%), São Cristóvão (2,2%), Neópolis (1,9%), Areia Branca (1,7%), Muribeca (1,6%), São Francisco (1,4%) e 2% nos municípios de Santa Rosa de Lima, Carmópolis, Divina Pastora, Malhada dos Bois, Cumbe, Santa Luzia de Itanhy e Santana do São Francisco. 

Os fornecedores de cana-de-açúcar têm papel importante na produção sucroalcooleira sergipana. Segundo levantamento da Única, eles respondem por 31,7% da matéria-prima, cabendo aos fornecedores os outros 86,3%. Em Sergipe, o plantio da cana ocorre nos meses de junho (24,2%), julho (36,5%), agosto (34%), setembro (3,1%), outubro (1,9%) e novembro (0,3%). O corte é realizado nos meses de setembro (8,7%), outubro (18,7%), novembro (22,6%), dezembro (23,2%), janeiro (17,1%), fevereiro (8,7%) e março (1%).

Fonte: Jornal da Cidade


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