O futuro do setor de petróleo em Sergipe e os impactos do descomissionamento de plataformas marítimas pautaram as discussões do primeiro dia do V Fórum de Integração das Câmaras Especializadas de Engenharia Mecânica e Metalúrgica dos Crea’s do Nordeste (CEEMM’s). O Fórum segue até esta quarta-feira (30),na sede do Crea-SE.
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O tema foi apresentado pelo engenheiro mecânico Abimael Anibal Lucena Ferreira, que abordou o papel da engenharia no processo de desativação das estruturas instaladas no mar. O engenheiro destacou que Sergipe se prepara para executar um dos maiores programas de descomissionamento de plataformas de petróleo do Brasil, com 26 plataformas offshore em águas rasas e mais de 130 poços marítimos a serem encerrados nos próximos anos. Os investimentos no setor devem ultrapassar R$ 8 bilhões até 2026, impulsionados pelos desinvestimentos da Petrobras na região.
De acordo com Abimael, o processo exige atuação técnica qualificada e planejamento sustentável rigoroso, desde a remoção das estruturas e a destinação ambientalmente correta dos materiais, até a recuperação das áreas atingidas. “Cada etapa requer conhecimento especializado e responsabilidade técnica. É a engenharia quem garante a segurança, a eficiência e o respeito ao meio ambiente nesse cenário”, ressaltou o palestrante.
Além do impacto ambiental positivo, Abimael reforça que o descomissionamento representa uma nova fronteira de oportunidades econômicas para Sergipe, com potencial de geração de empregos e desenvolvimento de setores como o de reciclagem e destinação de materiais. “Sergipe, portanto, desponta como referência nacional nesse campo, com capacidade de aplicar e expandir tecnologias inovadoras relacionadas ao descomissionamento. O estado também se posiciona como polo de desenvolvimento sustentável, unindo conhecimento técnico, responsabilidade ambiental e oportunidades econômicas“, avalia o engenheiro.
