CNI diz que disposição do empresário da construção para investir é menor em 2015

Índice que mede intenção de investimentos da construção nos próximos seis meses caiu 0,7 ponto este mês   Arquivo/Agência Brasil
Índice que mede intenção de investimentos da construção nos próximos seis meses caiu 0,7 ponto este mês
Arquivo/Agência Brasil

Os empresários da indústria da construção iniciaram 2015 com menos disposição para investir, revela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com dezembro do ano passado, o índice que mede a intenção de investimento para os próximos seis meses caiu 0,7 ponto em janeiro, passando de 41,5 pontos para 40,8 pontos. Os dados são da edição de dezembro do ano passado da Sondagem da Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira(28/1) pela CNI.

O índice varia de 0 a 100 pontos e, quanto maior o índice, maior a propensão a investir. “A menor propensão é resultado do cenário adverso vivenciado pelo segmento, que tem enfrentado desaquecimento da atividade, situação financeira negativa e baixa expectativa de recuperação”, registra o documento. Conforme os dados, as empresas de grande porte estão menos inclinadas a investir.

Segundo a sondagem, em dezembro último, o quadro de desaquecimento da indústria da construção ficou mais evidente, quando as quedas no nível de atividade e no número de empregados foram mais intensas. O indicador de evolução da atividade, em relação ao usual para o mês, alcançou 38,2 pontos, nível mais baixo da série histórica, que começou em dezembro de 2009.

Os números indicam que a utilização da capacidade de operação da indústria da construção caiu para 63% em dezembro, atingindo o menor percentual da série histórica iniciada em janeiro de 2012. Em novembro, o percentual foi 66%.

A Sondagem da Indústria da Construção revelou, ainda, que, em dezembro, os empresários mostraram insatisfação recorde com a margem de lucro e com a situação financeira de suas empresas. As condições de acesso ao crédito também foram mal avaliadas pelos empresários.

Os principais problemas enfrentados pela indústria da construção no quarto semestre do ano passado foram a elevada carga tributária (46,8%), falta de demanda (39,3%), taxa de juro elevada (30,8%) e falta de trabalhador qualificado (28,6%).

A Sondagem da Indústria da Construção é realizada mensalmente pela CNI, com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. O objetivo é acompanhar a evolução da atividade, do sentimento do empresário e de suas perspectivas.

Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso

Print Friendly, PDF & Email

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.