Com o foco voltado para a construção de políticas públicas voltadas à justiça climática, transição ecológica e fortalecimento da governança ambiental, a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA) chegou ao fim na última sexta-feira (9/5), em Brasília (DF), consolidando-se como um marco participativo no enfrentamento da emergência climática. Representando o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), o conselheiro Ângelo Diego participou ativamente das discussões, reafirmando o compromisso do Regional em integrar e contribuir com as pautas nacionais que envolvem sustentabilidade, inovação e justiça socioambiental.
A conferência, que entregou à ministra Marina Silva um documento com 104 propostas aprovadas pela sociedade civil, foi resultado de um amplo processo de escuta e deliberação popular. Entre os destaques estão dez medidas prioritárias, votadas pelos delegados, que reforçam a urgência de ações estratégicas para os próximos anos. Dentre elas, chama atenção a mais votada: a destinação mínima de 5% dos orçamentos públicos para ações ambientais urgentes, como gestão, fiscalização, recuperação de florestas e educação climática.
Ângelo Diego ressalta que o engajamento do Crea-SE nesse tipo de evento é essencial para posicionar a engenharia como protagonista nas soluções ambientais e no apoio à formulação de políticas públicas eficientes. Para ele, as discussões travadas durante a conferência extrapolam o campo das ideias e apontam caminhos concretos para um futuro mais justo e sustentável.
“Estar presente na 5ª CNMA foi uma experiência enriquecedora e, mais que isso, uma oportunidade de reforçar que os profissionais da engenharia têm muito a contribuir com a construção de soluções climáticas. A emergência ambiental exige respostas técnicas, estruturais e humanas. O Crea-SE entende que ocupar esse espaço de diálogo é também assumir um papel ativo na defesa do meio ambiente e na promoção de políticas que garantam justiça social e ecológica. As propostas aprovadas representam avanços reais, e o debate precisa continuar nos estados, com o engajamento de todos os setores”, destacou o conselheiro.
A 5ª CNMA organizou suas discussões em cinco eixos temáticos — mitigação; adaptação e preparação para desastres; justiça climática; transformação ecológica; e governança e educação ambiental — apontando diretrizes que se conectam diretamente com áreas de atuação da engenharia e das geociências.