A falta de profissionais qualificados nas engenharias tem se tornado uma preocupação crescente no Brasil. Durante o lançamento da Agenda Legislativa Prioritária da Engenharia, Agronomia e Geociências 2025, evento promovido pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) na Câmara dos Deputados, representantes do setor destacaram que, embora o país forme um grande número de engenheiros, muitos não atendem plenamente às exigências e tendências do mercado atual. Segundo especialistas, esse descompasso entre formação e demanda pode comprometer a inovação, a produtividade e a competitividade nacional.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), engenheiro Dilson Luiz, acompanhou os debates e foi enfático sobre a necessidade de uma revisão estrutural no modelo de ensino. “A modernização da legislação e o incentivo à formação de novos profissionais são medidas urgentes para garantir um desenvolvimento sustentável e seguro para o País”, afirmou.
Para o presidente Dilson, a crise na engenharia não se resume à quantidade insuficiente de profissionais no mercado. “O problema central reside na incompatibilidade entre a formação acadêmica e as demandas reais do setor. Currículos desatualizados, ensino desconectado das inovações tecnológicas e ausência de incentivos concretos para a especialização e capacitação técnica criam um cenário alarmante”, pontua ao ressaltar que a engenharia é uma peça-chave para o avanço do Brasil, e a falta de profissionais capacitados impacta diretamente áreas estratégicas como infraestrutura, energia, mobilidade e inovação tecnológica e que, sem uma resposta concreta do poder público e das instituições de ensino, o país corre o risco de estagnar seu crescimento e comprometer sua competitividade global.