Um marco para a engenharia sergipana e para a saúde pública. Assim pode ser definido o lançamento do Selo de Qualidade do Ar em Ambientes Climatizados, iniciativa do Crea-SE, em parceria com a Vigilância Sanitária de Aracaju. O lançamento ocorreu no encontro “Ambientes Saudáveis, Cidade Saudável: PMOC e Qualidade do Ar em Ambientes Climatizados”, realizado na última sexta-feira (31).
O Selo de Qualidade do Ar em Ambientes Climatizados foi instituído com o propósito de reconhecer e valorizar empresas e profissionais que demonstram comprometimento com a excelência técnica, a eficiência dos sistemas de climatização e a promoção do bem-estar coletivo.
A partir de agora, o selo será adotado nas ações conjuntas de fiscalização realizadas pelo Crea-SE e pela Vigilância Sanitária de Aracaju, como instrumento de identificação dos ambientes que atendem integralmente aos requisitos técnicos estabelecidos no Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), conforme determina a Portaria nº 3.523/1998 do Ministério da Saúde e as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
De acordo com o presidente do Crea-SE, engenheiro Dilson Luiz de Jesus Silva, o selo representa a união entre responsabilidade técnica e compromisso social. “A iniciativa reforça o papel da engenharia como aliada da saúde pública. Estamos somando esforços para garantir ambientes climatizados mais seguros, saudáveis e sustentáveis. Esse é um avanço importante para a sociedade e para a valorização profissional”, destacou o presidente.
A coordenadora da Rede de Vigilância Sanitária de Aracaju (Revisa), Flávia Brasileiro, também ressaltou a relevância da ação conjunta. “O selo é um instrumento de incentivo à prevenção e ao controle da qualidade do ar em ambientes climatizados. É uma iniciativa que incentiva boas práticas e fortalece a integração entre as áreas da saúde e da engenharia”, afirmou.
A qualidade do ar em ambientes climatizados é um fator determinante para o bem-estar e a produtividade humana. Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a má qualidade do ar interno pode agravar doenças respiratórias, reduzir a capacidade cognitiva e aumentar o absenteísmo no trabalho.
No Brasil, a Lei nº 13.589/2018 tornou obrigatória a implantação do Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) em sistemas de climatização de edifícios públicos e privados. A medida tem como objetivo garantir que os equipamentos de ar-condicionado funcionem de forma adequada, prevenindo riscos à saúde e promovendo a eficiência energética. Além de reduzir a proliferação de agentes contaminantes, o PMOC contribui para a melhoria da qualidade do ar em ambientes climatizados, assegurando condições mais seguras, confortáveis e sustentáveis para todos os ocupantes
