Para infraestrutura, especialistas defendem 5% do PIB


“Há uma dificuldade enorme no Brasil de planejar, estudar e projetar grandes empreendimentos”, diz presidente de associação

A obra de construção de um terceiro jogo de eclusas que deve permitir a passagem de embarcações muito maiores, cujo avanço é de 70%, acumula um atraso de nove meses (Foto: Rodrigo Arangua)
A obra de construção de um terceiro jogo de eclusas que deve permitir a passagem de embarcações muito maiores, cujo avanço é de 70%, acumula um atraso de nove meses (Foto: Rodrigo Arangua)


A modernização da infraestrutura do país passa por uma mudança de patamar dos investimentos, mas esse não é o único desafio do setor. 

Na avaliação do presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), Mauro Ribeiro Viegas Filho, também é preciso melhorar o planejamento das obras, com estudos aprofundados e dentro de prazos adequados.

“Há uma dificuldade enorme no Brasil de planejar, estudar e projetar grandes empreendimentos, o que considero tão importante, ou até mais, do que a realização (da obra)”, afirmou.

Ele disse que para modernizar o setor de infraestrutura são necessários investimentos equivalentes a 5% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano. Em 2013, a cifra representou de 2,45%, o equivalente a R$ 120 bilhões.

Representantes do setor e autoridades se reúnem nesta semana na Conferência Internacional de Infraestrutura, no Rio de Janeiro, para discutir gargalos e possíveis soluções.

O evento é promovido anualmente pela Fidic (Federação Internacional de Engenheiros Consultivos, na sigla em francês) e ocorre pela primeira vez em um país sul americano. São esperados 800 congressistas, de acordo com o presidente da ABCE, que é filiada à federação internacional.

Para Viegas Filho, um dos principais problemas no Brasil é que os planejamentos que deveriam levar até 30 anos são do “tamanho dos mandatos dos governantes (…). No máximo, têm quatro anos, porque muitas vezes não começam no primeiro ano de governo. Deveria ser obrigatório ter planejamento de longo prazo”, diz.

Fonte: O Estado de S. Paulo.


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