Arício Resende prestigia entrega do Título de Cidadão Sergipano ao fundador do Museu Casa do Velho Chico

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), engenheiro agrônomo, Arício Resende Silva  prestigiou nesta quinta-feira (8) Sessão Especial na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), para entrega do Título de Cidadania Sergipana ao ambientalista e fundador do Museu Casa do Velho Chico, Antônio Jackson Borges Lima. A propositura é do presidente da Alese, deputado Luciano Bispo.

O ambientalista, Antônio Jackson e o pres. do Crea-SE, Arício Resende

Natural de Igreja Nova (AL), o ambientalista, de 72 anos, mora hoje em Traipu, na margem alagoana do rio, onde gerencia o único museu sobre o Velho Chico. Ele começou a recolher objetos da bacia do São Francisco há 52 anos e há 18 anos fundou o museu.

“Para mim é um momento muito especial prestigiar a homenagem a este ambientalista  extraordinário, um ribeirinho apaixonado pelo rio São Francisco”, disse Arício Resende ao frisar que o relacionamento de Jackson com o rio São Francisco começou há muito tempo, lá em Pão de Açúcar (AL), no ano de 1967. “Desde a sua infância ele já percebia um certo descuido com o Velho Chico. Encontrava latas, garrafas, papel e papelão, o que sempre o incomodou, o levando a catar cada coisa que encontrava pelas margens do rio”, ressalta o presidente do Crea-SE.

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Emocionado, Antônio Jackson disse que é sergipano de corpo e alma. “Recebo esse título com muito carinho. É a maior honraria da minha vida. É como se eu recebesse uma nova certidão de nascimento. O meu coração, o meu sentimento e minha alma já haviam me doado essa certidão, faltava à oficial. A partir de hoje eu deixo de ser forasteiro. Foi o melhor presente que ganhei dessa terra. Sou sergipano de coração”, agradeceu.

                                                               O museu

O Museu foi fundado no dia 4 de outubro de 2001. O acervo é dividido em 18 painéis temáticos que ajudam a contar um pouco da história escravocrata da região, com a exibição de utensílios domésticos da época do Brasil Colônia, objetos radiofônicos e fragmentos de embarcações, ferramentas agrícolas e exemplares da fauna e flora, além de mensagens voltadas para a conservação do rio.

“Viajava muito pela bacia do rio e eu comecei a juntar peças, mas não sabia para quê. Em 2001, em comemoração aos 500 anos de descoberta do rio, fizemos uma exposição e essa exposição foi visitada por seis mil pessoas. A partir daí, montamos o museu e passamos a gerenciar e administrar.

São 18 painéis ambientais através dos quais a gente retrata todo o processo de destruição do rio, como assoreamento, queimada, desmatamento, dessalinização, desertificação, que é um problema do planeta. Retratamos também o lado cultural e histórico. É um museu diferente, com sede em Traipu. Mas é itinerante. Já esteve uma vez em Neópolis, duas vezes em Aracaju e em Itabaiana”, conta Jackson.

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